FMM em 2013 e eu aqui em 2016...
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Bom, saí de uma XTZ250 2012 para a ZT660Z também 2012.
Muita pesquisa e leitura de diversos aspectos...
O que me cativou foi a característica do motor, resposta de torque e potência bem linear e tranquilo, mas com bastante firmeza. O visual bem protótipo de rally, suspensão dianteira com regulagem de pré-carga e traseira a gás.
Uma coisa que gostei bastante foi da altura dela, tanto do banco em relação ao solo, quanto do banco em relação as pedaleiras. Por exemplo, a 650GS tem a distância entre o banco e a pedaleira pequeno, o que me deixou um pouco desconfortável.
O hodômetro parcial dela que não passa dos 1000km é um ponto negativo. Mas geralmente uso para gasolina, controlo óleo por anotações em caderneta.
Notei que o câmbio e a relação de cada marcha, faz você não ser preguiçoso. Tem que trocar bastante de marcha para se adequar melhor a cada situação. Muitos pensam ao contrário por ela ter bastante torque, não é necessário trocar de marcha, e andam igual taxista, forçando em 5º marcha em baixo RPM.
E é um câmbio bem mais preciso que o da 250, é bruto, não é uma manteiga, mas não encavala para achar o neutro, ou para reduzir marchas.
A sensação de montar na moto, é igual a montar em um cavalo, tanto que posso dizer que o prazer de pilotar a moto é uma equitação.
Não sei ao certo o motivo, mas depois que andei com a Ténéré 660, passei a viajar mais tranquilo do que com a 250 com relação a velocidade, o motor não me instiga a acelerar, ao contrário do 650 da Kawasaki, que é impossível rodar sem querer acelerar cada vez mais.
Com a 250 buscava sempre os 130km/h que ela não conseguia manter. Já com a 660Z, mantenho os 120/130km/h e não sinto vontade de andar a mais que isso. Com a 250 a vontade era sempre de andar mais que 130km/h.
Com essa "tranquilidade" tenho feito 24km/l em uma média geral, variando de 21 até 27.
No geral, mantenho o giro sempre acima de 3mil RPM, e faço a troca por volta dos 4,5.
Na estrada, em 5º marcha (na minha moto) mantendo 4mil RPM, ela está por volta de 120km/h. E sinto que há uma vibração chata por volta dos 4200, por isso, acabo andando nos 130km/h por volta de 4500.
Para rodar em estradas mão simples por volta dos 80-90km/h, mantenho perto dos 3mil RPM em 5º, e dependendo da situação, 4500 em 4º, e assim o motor fica confortável de rodar. (Respeitando as características de um monocilíndrico)
A moto consegue empurrar até 180km/h (7mil RPM) com segurança na pilotagem, e acima disso fica em razão das condições gerais de pista, piloto, vento, temperatura, pneu, crença...
A suspensão, eu deixei todas as pré-cargas no minimo (60kg), e sinto que em curvas de média-alta por volta dos 150km/h a frente fica instável.
Preciso variar um pouco as regulagens de suspensão, mas a traseira me decepcionou um pouco nestas condições, e em terra, a roda não mantém contato sempre com o solo irregular. Mas a moto é comparável a um Landau/Galaxie. Extremamente confortável.
Com garupa ou carga, a traseira não abaixa tanto quanto a 250, que te força a regular o farol para o mínimo. Aliás, genial a 660Z vir com regulagem do farol sem necessidade de ferramentas.
E o poder de iluminação entre a 660Z e a 250 são equiparáveis. O baixo é tão bom quanto, e o alto da 250 talvez um pouco mais eficiente, o da 660Z é ligeiramente mais focado. Aliás, ponto forte para ambas, dá muita segurança rodar a noite.
O banco dela é superior ao da 250, mas ainda tem as características de um banco de enduro. Bastante agilidade em detrimento do conforto extremo. Dá pra fazer 200km com paradas regulares sem ficar moído.
E por ter um guidão bem largo, o posicionamento da pilotagem fica bem confortável.
O marcador de combustível com relação a reserva é mais "preciso" que o da 250. O primeiro traço apaga com uns 150km enquanto na 250 apagava com 100km. Geralmente nessas condições, está fazendo uma boa média. E ao contrário da 250, a reserva de aproximadamente 5l te dá uma autonomia suficiente, e não exagerada como na 250.
Os pneus originais Tourance EXP são muito bons. Achei melhores que os Scorpion da 250 guardada as devidas proporções.
Na minha moto, sinto - andando em linha reta na cidade - a traseira um pouco boba, acredito que seja pela deformação dos gomos do pneu, mas não é nada que interfira na pilotagem.
O poderoso freio dianteiro dela é forte e progressivo. Muito bem equilibrado e pode ser usado tranquilamente na terra ou na chuva sem sustos. (Troquei os fluídos originais para DOT 5.1 da Varga)
Comprei a moto sabendo das características dela, então nem me importei com as laterais que trincam e com as setas que quebram, apesar de estar tudo perfeito. Talvez fosse ficar preocupado com isso se tivesse pago o preço dela 0km.
O filtro original foi substituído pelo Moldspuma modelo Off-Road em seguida, assim como a vela pela Iridium.
ABS