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Re: diferença entre a DID original e de reposição

Enviado: 26 Abr 2016, 10:23
por FMainieri
Bom dia, SrTurko!!

Qual a quilometragem da moto? Que ano? Garantia ainda?


Abraço,
Francisco...


SrTurko escreveu:Não manjo nada de corrente/relação e tenho uma dúvida galera!
A corrente da minha tenere 250 está folgando muito rapidamente (com menos de 900km/ 2 semanas de uso).
Ainda tem duas marcas para apertar a corrente e estou preocupado com isso.

Já está na hora de trocar alguma peça? Acredito que sim, mas não sei o que.
Não conheço mecânicos de confiança aqui em SP e fico sem saber para quem perguntar.

Enviado de meu MotoG3 usando Tapatalk

Re: diferença entre a DID original e de reposição

Enviado: 26 Abr 2016, 13:23
por Henrique Carlos
Led-RJ escreveu:Um pouco off topic...
Paulo Sérgio, já opinei sobre a corrente Riffel do kit top aqui no forum (a com retentor). Tome muito cuidado com a emenda da mesma (extremamente vagabunda).
Se for usar a mesma vigie o desgaste dela constantemente e substitua assim que possivel. A corrente realmente é parruda mas a emenda... Tsc tsc...
Boa tarde Led-RJ. Não tem o Kit TOP da Riffel sem emenda não? Estava pensando em comprar o TOP por ser melhor que os demais da Riffel, mas não queria com emenda. Da DID encontrei o Kit, com retentores (oring) e sem emenda, porém não sei a qualidade da coroa e do pinhão, se é para dar quase R$ 400,00 em um Kit, prefiro dar R$ 550,00 no original da Yamaha. Vou continuar pesquisando.

Re: diferença entre a DID original e de reposição

Enviado: 26 Abr 2016, 15:22
por Adriano Monte Mor
A minha relação original durou 25 mil kms. Limpava e lubrificava sempre. Daí comprei a corrente kmc e o kit titanium da Riffel de pinhão e coroa. Já rodei 21 mil kms troquei agora o pinhão e a coroa zerada ainda e limpei muito menos essa.

Conclusão que cheguei: Corrente KMC muito melhor q a DID

Re: diferença entre a DID original e de reposição

Enviado: 21 Jul 2017, 08:56
por Nixal
Man bom dia, você ainda tem essas imagens e poderia disponibilizar novamente ?
ivnn escreveu:A resposta que a DID me deu foi espetacular. Como tive a autorização do remetente, copio-a como recebi.
(nota: as imagens abaixo são exemplo, e não da minha corrente. Diversas fotos da minha corrente só no laudo de análise)
Boa tarde Ivan,

Agradeço o interesse em nossos produtos e na maneira como procura entender suas características e funcionalidades. Para nós trata-se de importante oportunidade de apresentarmos nosso diferencial comparado a nossos concorrentes.

Sua colocações são precisas e contundentes. Dignas de quem entende do que está falando. Portanto. perdoe-nos pela simplicidade de nosso relatório, pois geralmente são direcionados para o público geral, dentro de uma linguagem de mais fácil interpretação possível.

O laudo feito por nosso Departamento de Pesquisa é laboratorial, com base nas evidencias visuais, dimensionais e dureza. Com isto, checamos se a corrente foi produzida atendendo requisitos básicos de tratamento térmico, montagem e se foi instalada de maneira adequada na motocicleta.

Mas, vamos lá às seus questionamentos, tentarei ser o mais prático possível:

No relatório apontamos um superaquecimento nos pinos, caracterizado pela cor avermelhada.

Na imagem abaixo podemos analisar melhor como funcionam os retentores (em “X”), destacado em vermelho, está o lubrificante.

Os retentores tem dupla função:

1- Enclausurar o lubrificante entre os pinos e buchas, reduzindo assim o atrito entre eles e consequentemente o desgaste e alongamento da corrente.

2- Inibir a entrada de elementos neste ambiente que pudessem comprometer a função de lubricidade. Até mesmo de nova lubrificação!

De fato (até nos orgulhamos disto) os retentores DID tanto O’ring ou X’ring cumprem seu papel de maneira duradoura e como nenhuma outra marca no mercado.

Mas então, o que explica a inexistência de lubrificante na corrente? Diversas possibilidades. Nos reunimos e elaboramos um breve brainstorming para melhor explicá-las:

1- Por falha operacional, a corrente ter sido montada sem lubrificação adequada.
  • a. O operador não identificou que o tanque de óleo estava vazio (considerado como severidade muito alta, ocorrência remota, detecção muito grande);

    b. A corrente ficou tempo demasiado sem fechamento das placas, o que faria com o óleo se perdesse (considerado como severidade alta, ocorrência baixa, detecção moderada);

    c. A velocidade da linha estava alta, não permitindo a penetração adequada do lubrificante nos elos internos da corrente (considerado como severidade média, ocorrência remota, detecção muito alta);

A situação b. foi considerada a mais provável nesta condição.

2- A pressão nos retentores pela placas externas não era adequada, fazendo com que o óleo se perdesse.
  • a. Durante a montagem a prensa de fechamento de placas não estava ajustada; (descartado: dimensional da corrente ok através de dispositivo P-NP)

    b. Uso de solventes na limpeza da corrente (exemplo WD40), estes ressecam a borracha que por fim acabam perdendo memória (resiliência) e se desgastam de forma acentuada

    Nota: Os retentores em imagem ampliada se apresentam bem desgastados;

    c. Abrasivos como areia e cimento desgastam os o’rings e estes perdem poder de retenção.

    Nota: marcas de desgaste por abrasão na região onde são mantidos os retentores.



3- A corrente teria sofrido forte vibração quando em operação, isto torna o enclausuramento do óleo não eficiente pelo processo de desmontagem da corrente ou deformação do retentor;

Isto pode ser gerado por desalinhamento, uso combinado com coroas e pinhões desgastados, fechamento da emenda de forma irregular, ou algum elo menos flexível.

Nota: emenda ZJ aparenta ter sido montada sob ação de marteladas, sem uso de ferramenta adequada. A análise não é conclusiva pois a emenda estava destruída para remoção da corrente.


Ivan, estas são as condições mais comuns para que aconteçam a falha de desgaste prematuro por lubrificação inadequada. Nada impede que possam ter ocorrido outro fator de causa.

Um laudo mais preciso e certeiro seria muito difícil nesta etapa pois os fatores são diversos e o desgaste já aconteceu.

Acredito que esta ocorrência servirá para nós como um alerta e como ponto de melhoria. Graças ao seu relato junto, estamos nos dedicando ainda mais no processo de lubrificação de correntes.

Quanto ao manual da YAMAHA, acredito numa possível falha de digitação.

Você citou a XT660...

Já a YAMAHA XT660R e Z, possui um motor muito forte, que gera cerca de 800kgf de força na corrente quando parte do zero. A DID VX2 é desenvolvida para uma carga de ruptura de 36,5kN, acredito ser a maior da categoria, porém o pior vilão da corrente é a VIBRAÇÃO (pior até que a falta de lubrificação), porque prejudica a sua resistência à fadiga. Na maioria das vezes, a falha começa na expulsão dos retentores, devido ao processo de desmontagem da corrente (uma vez que a corrente é composta de prensagem de componentes). Veja este exemplo abaixo que analisamos a algum tempo atrás:

Exemplo de retentor sendo expulso devido a abertura dos elos internos.


Infelizmente, esta vibração ocorre pelos seguintes fatores:

1- Fechamento inadequado de emendas;

Apresentação de fechamento inadequado


Largura da corrente no elo de emenda x largura de demais elos, elo mais pesado gerou forte vibração na corrente



2- Uso prolongado em baixa (gera chicoteamento da corrente)

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Concluindo...

Bem, Ivan, como pode ver, pequenos detalhes são cruciais na vida útil da corrente.

Espero que tenha compreendido (embora acredite que falo com um especialista em 6 sigmas).

Não estamos de forma alguma nos isentando de qualquer responsabilidade no acontecido. Me coloco a sua disposição para eventuais sugestões.

Grande abraço

Re: diferença entre a DID original e de reposição

Enviado: 22 Jul 2017, 19:34
por ivnn
Ok, me dêem um tempinho para achar um novo image host.

Porque o photobucket eu acho que acaba se subir no telhado: https://www.theregister.co.uk/2017/06/3 ... party_pgs/