DAFRA NEXT 250 - OPINIÕES/AVALIAÇÕES
Enviado: 08 Out 2012, 13:13
Tenho certeza de que será um tópico muito cheio de controvérsias, mas acredito que é necessários porque a moto tem muitos atrativos e pode ser uma opção pra galera que vem de uma 125/150cc e tá com pouca grana pra investir.
Eu já andava de olho na moto porque, pelas imagens publicadas na internet, parece uma moto muito bonita e com apelo esportivo.
Já li avaliações e tenho total consciência de que ela tem algumas deficiências, como a suspensão traseira, por exemplo, e baixa velocidade final, pedindo redução de marchas em algumas estradas mais íngremes.
Minha principal dúvida era com relação ao tamanho da moto, já que as fotos podem enganar. Assim, como hoje é feriado para mim (funcionário público), resolvi dar uma passadinha na revendedora Dafra em Campinas (acredito ser a única por aqui).
Ao chegar, já achei estranho não ter nenhuma exposta no estacionamento de entrada da loja, junto com os modelos de menor cilindrada, e quando perguntei, me levaram para a parte de trás da loja, onde fica a oficina. Tinham dois exemplares, ambos vermelhos, porém ainda sem serem "ativadas", mas já vendidas.
Dei uma boa olhada na moto, que me pareceu com um ótimo porte, detalhes de acabamento muito bons, mas uma certa mácula na pintura dos dutos de ar abaixo do tanque, que aparentavam ser repintadas, com textura diferente do tanque. As manoplas também não agradam muito, parecendo ser de plástico. Os manetes, polidos, são bem acabados, mas o da embreagem emitia um ruido quando acionado, como se não estivesse lubrificado, detalhe que não deverá ser verificado quando da entrega ao comprador, acredito eu.
O painel é bonito, mas sua iluminação e funcionalidade não pude avaliar porque a moto estava sem a bateria. O banco, em dois níveis, é bonito e tem revestimento texturizado e um tanto quanto rígido, principalmente o do carona. Retirei o banco do carona com o uso da chave, que é colocada em uma fechadura lateral, prática, mas de gosto discutível. Eu, por exemplo achei muito bom. Olhando o compartimento abaixo dele pude ver o local que acomoda a bateria e um jogo de ferramentas. Não havia lugar para mais nada. Olhando o banco do garupa na sua base reparei que ela é feita de material plástico aparentemente resistente e muito bem acabada. A junção das duas laterais na rabeta também tem um acabamento muito bom, nada lembrando as Kasinski Comet 250. Sentando na moto, de cara estranhei a posição das pedaleiras recuadas, obrigando a posição um pouco mais esportiva, diferente da teneré. Consegui colocar os dois pés no chão sem problemas (tenho 1,76m). A posição do pedal de câmbio exigiu a colocação de uma haste com articulações, o que me preocupa quanto à qualidade. Claro que não posso criticar esse ponto porque não sou um expert em metais, mas a peça cromada lembra muito a haste das suzukis 125, cuja durabilidade é muito ruim, tendo desgaste prematuro, o que causa folgas no pedal.
As pedaleiras são fixadas em suportes muito bem acabados em alumínio, chamando a atenção positivamente.
O guidão dá uma ótima pegada, mas eu o traria mais pra trás, regulando-o na mesa. Nada difícil de ser feito.
O escapamento, um tanto exagerado, tem o acabamento cromado. Não gostei da ponteira em ângulo, mas é opinião pessoal.
As rodas são simplesmente lindas. Feitas em liga leve, com pintura fosca e com os raios curvos, agradam muito, colaborando com o apelo esportivo. Pecou no acabamento final, já que havia um descascado na borda. Os freios são a disco nas duas rodas e o dianteiro é meio que padrão, mas conta com aeroquip. O motor, também pintado com tinta fosca, é limpo na sua estética e combina bem com o desenho da moto, assim como o farol, que tem, além da lâmpada principal de 60/55W, mais 4 lâmpadas de posição, duas de cada lado e uma mini carenagem que cobre o painel. O paralama traseiro segue a tendência das motos esportivas e conta com lanterna traseira que acredito que seja led. As setas têm lentes cristal com lâmpadas amarelas. Outra coisa que chama a atenção é a curva de escape, que tem um tom dourado, mas parece um tanto frágil, já que, apesar de nova, tinha alguns arranhões. A rabeta é bonita, mas a alça destoa do conjunto. É prática mas antiquada. Queria muito fazer um testdrive, mas não tinham nenhuma moto disponível. Perguntei sobre peças de reposição e garantia. A informação é de que ela tem 1 ano de garantia, independente de quilometragem e as peças de reposição (de desgaste normal), como pastilhas de freio, filtros, velas, etc, estão disponíveis a pronta entrega. Já tanque e laterais levam 10 dias para chegar. O preço informado foi de R$ 10.190,00 a vista.
A ficha técnica pode ser vista no site http://www.daframotos.com.br/modelos/in ... t-250.html.
Minha conclusão é que ela tem porte, qualidade e preço suficientes para competir com as outras 250 monocilíndricas do mercado. Tem apelo visual superior, acabamento muito bom, câmbio de seis velocidades, além do exclusivo motor refrigerado a água com cavalaria maior (24 cvs), que no final das contas acaba não trazendo nenhuma vantagem. Se a Dafra já tivesse um histórico de bom atendimento, disponibilidade de peças e durabilidade eu iria nela de olhos fechados. O argumento da vendedora é de que a moto vende muito na europa e que a tecnologia da Sym, mesma empregada na Citycom é muito boa. Concordo com ela, mas e o resto?
Eu já tenho 47 anos e aprendi a não me aventurar em terrenos desconhecidos, já que meu dinheiro não é capim. Nessa hora pesa muito a qualidade de motores já consagrados no mercado, como o da Fazer 250, Hondas 125, etc, cujos problemas e soluções já são conhecidos pelos mecânicos. Confesso que fique tentado com a moto, mas a prudência manda aguardar alguns anos passarem e acompanhar os sites de proprietários e os "reclame aqui" da vida pra tomar uma decisão. Mesmo assim eu sugiro aos indecisos que visitem uma concessionária e façam um testdrive.
Quem sabe se um testdrive pode mudar minha opinião.
Eu já andava de olho na moto porque, pelas imagens publicadas na internet, parece uma moto muito bonita e com apelo esportivo.
Já li avaliações e tenho total consciência de que ela tem algumas deficiências, como a suspensão traseira, por exemplo, e baixa velocidade final, pedindo redução de marchas em algumas estradas mais íngremes.
Minha principal dúvida era com relação ao tamanho da moto, já que as fotos podem enganar. Assim, como hoje é feriado para mim (funcionário público), resolvi dar uma passadinha na revendedora Dafra em Campinas (acredito ser a única por aqui).
Ao chegar, já achei estranho não ter nenhuma exposta no estacionamento de entrada da loja, junto com os modelos de menor cilindrada, e quando perguntei, me levaram para a parte de trás da loja, onde fica a oficina. Tinham dois exemplares, ambos vermelhos, porém ainda sem serem "ativadas", mas já vendidas.
Dei uma boa olhada na moto, que me pareceu com um ótimo porte, detalhes de acabamento muito bons, mas uma certa mácula na pintura dos dutos de ar abaixo do tanque, que aparentavam ser repintadas, com textura diferente do tanque. As manoplas também não agradam muito, parecendo ser de plástico. Os manetes, polidos, são bem acabados, mas o da embreagem emitia um ruido quando acionado, como se não estivesse lubrificado, detalhe que não deverá ser verificado quando da entrega ao comprador, acredito eu.
O painel é bonito, mas sua iluminação e funcionalidade não pude avaliar porque a moto estava sem a bateria. O banco, em dois níveis, é bonito e tem revestimento texturizado e um tanto quanto rígido, principalmente o do carona. Retirei o banco do carona com o uso da chave, que é colocada em uma fechadura lateral, prática, mas de gosto discutível. Eu, por exemplo achei muito bom. Olhando o compartimento abaixo dele pude ver o local que acomoda a bateria e um jogo de ferramentas. Não havia lugar para mais nada. Olhando o banco do garupa na sua base reparei que ela é feita de material plástico aparentemente resistente e muito bem acabada. A junção das duas laterais na rabeta também tem um acabamento muito bom, nada lembrando as Kasinski Comet 250. Sentando na moto, de cara estranhei a posição das pedaleiras recuadas, obrigando a posição um pouco mais esportiva, diferente da teneré. Consegui colocar os dois pés no chão sem problemas (tenho 1,76m). A posição do pedal de câmbio exigiu a colocação de uma haste com articulações, o que me preocupa quanto à qualidade. Claro que não posso criticar esse ponto porque não sou um expert em metais, mas a peça cromada lembra muito a haste das suzukis 125, cuja durabilidade é muito ruim, tendo desgaste prematuro, o que causa folgas no pedal.
As pedaleiras são fixadas em suportes muito bem acabados em alumínio, chamando a atenção positivamente.
O guidão dá uma ótima pegada, mas eu o traria mais pra trás, regulando-o na mesa. Nada difícil de ser feito.
O escapamento, um tanto exagerado, tem o acabamento cromado. Não gostei da ponteira em ângulo, mas é opinião pessoal.
As rodas são simplesmente lindas. Feitas em liga leve, com pintura fosca e com os raios curvos, agradam muito, colaborando com o apelo esportivo. Pecou no acabamento final, já que havia um descascado na borda. Os freios são a disco nas duas rodas e o dianteiro é meio que padrão, mas conta com aeroquip. O motor, também pintado com tinta fosca, é limpo na sua estética e combina bem com o desenho da moto, assim como o farol, que tem, além da lâmpada principal de 60/55W, mais 4 lâmpadas de posição, duas de cada lado e uma mini carenagem que cobre o painel. O paralama traseiro segue a tendência das motos esportivas e conta com lanterna traseira que acredito que seja led. As setas têm lentes cristal com lâmpadas amarelas. Outra coisa que chama a atenção é a curva de escape, que tem um tom dourado, mas parece um tanto frágil, já que, apesar de nova, tinha alguns arranhões. A rabeta é bonita, mas a alça destoa do conjunto. É prática mas antiquada. Queria muito fazer um testdrive, mas não tinham nenhuma moto disponível. Perguntei sobre peças de reposição e garantia. A informação é de que ela tem 1 ano de garantia, independente de quilometragem e as peças de reposição (de desgaste normal), como pastilhas de freio, filtros, velas, etc, estão disponíveis a pronta entrega. Já tanque e laterais levam 10 dias para chegar. O preço informado foi de R$ 10.190,00 a vista.
A ficha técnica pode ser vista no site http://www.daframotos.com.br/modelos/in ... t-250.html.
Minha conclusão é que ela tem porte, qualidade e preço suficientes para competir com as outras 250 monocilíndricas do mercado. Tem apelo visual superior, acabamento muito bom, câmbio de seis velocidades, além do exclusivo motor refrigerado a água com cavalaria maior (24 cvs), que no final das contas acaba não trazendo nenhuma vantagem. Se a Dafra já tivesse um histórico de bom atendimento, disponibilidade de peças e durabilidade eu iria nela de olhos fechados. O argumento da vendedora é de que a moto vende muito na europa e que a tecnologia da Sym, mesma empregada na Citycom é muito boa. Concordo com ela, mas e o resto?
Eu já tenho 47 anos e aprendi a não me aventurar em terrenos desconhecidos, já que meu dinheiro não é capim. Nessa hora pesa muito a qualidade de motores já consagrados no mercado, como o da Fazer 250, Hondas 125, etc, cujos problemas e soluções já são conhecidos pelos mecânicos. Confesso que fique tentado com a moto, mas a prudência manda aguardar alguns anos passarem e acompanhar os sites de proprietários e os "reclame aqui" da vida pra tomar uma decisão. Mesmo assim eu sugiro aos indecisos que visitem uma concessionária e façam um testdrive.
Quem sabe se um testdrive pode mudar minha opinião.