Banco Erê versus banco original: as principais diferenças
Banco Erê versus banco original: as principais diferenças
Resolvi abrir este post para tirar algumas dúvidas que o pessoal apresentou sobre o Banco Erê (não conheço o banco Pedrinho, mas acho que vale para ele também).
A diferença entre os bancos é enorme. Mas tem que ir pra estrada para perceber. Então, por partes:
Conheço o banco Erê desde os meus tempos de XT. Quem já teve XT sabe que o banco original é terrível (talvez o da Tornado seja pior, mas aí são categorias diferentes). Comecei usando o Erê na XT em viagens mais longas, depois deixei instalado definitivamente.
O conceito do Erê é de sela, não de banco. Ou seja, você fica sentado, e não montado. E as diferenças são grandes, principalmente se você considera uma média de 600 km por dia em longas viagens.
O banco original da Té não se compara ao da XT, é infinitamente mais confortável. Para o dia a dia, é excelente. Mas para ir mais longe ainda recomendo o Erê. Vejam a diferença de área "bundável".
Aqui, a largura do banco original:
E aqui, a largura do Erê:
Observando bem, dá para ver que a diferença entre as áreas realmente ocupáveis chega perto de 12 cm. É muita coisa. A partir do segundo dia, a bunda agradece.
Mas quem está interessado precisa estar ciente de algumas coisas. Primeiro, o Erê é um banco artesanal. Ou seja, o processo de fabricação pode dar margems a desvios meio incômodos no padrão. As costuras do meu são meio tortas, por exemplo. E vejam o que aconteceu quando fui instalar:
O banco tem dois encaixes frontais, um que pega na base do tanque e outro que vai naquela "cabeça" em forma de parafuso que fica mais para cima. O encaixe que segura de verdade é o da base. Mas quando fui instalar não me toquei para o fato de que o banco ainda não estava com a curvatura ideal para encaixar nos dois pontos. Resultado: encaixei apenas no parafuso de cima e o banco "saltou" para fora da posição. Com isso, quebrou o encaixe frontal:
Como já estou acostumado com esse tipo de ajuste, parei, pensei e... colei com Durepoxi, é claro. Vejam o resultado:
O conserto ficou bom (melhor que o original) e, depois de alguns dias, o banco assumiu o formato da moto e ficou mais fácil de colocar e retirar. Mas nos primeiros dias dá mais trabalho, mesmo. Atenção, é preciso encaixar principalmente na base do tanque!
Pra finalizar, o Erê, pelo menos na versão que eu comprei, tem umas sobras laterais que acabam afastando um pouco as pernas quando eu apoio os pés no chão. Tenho 1,80 e sinto que o equilíbrio fica um pouco mais complicado. Observem como o banco é mais gordinho que a silhueta da moto:
Mesmo com todas essas imperfeições de projeto, não abro mão do Erê para meu tipo de uso (estrada). O que realmente conta, nesse caso, é o espaço para sentar. Mas acho que no dia a dia os ganhos também são grandes.
No dia 26 de dezembro estarei de partida para Ushuaia e conto muito com ele para enfrentar 28 dias em cima da Teneré. Aqueles centímetros a mais na largura fazem toda a diferença do mundo.
Para finalizar, as alturas dos dois bancos são as mesmas. O Erê pode até ser um pouco mais baixo, mas o fato de ser gordinho anula essa diferença.
E tudo que eu escrevi aqui se refere a viagem solo. Não tenho experiência sobre viagem com garupa.
Abraços a todos, espero ter ajudado.
A diferença entre os bancos é enorme. Mas tem que ir pra estrada para perceber. Então, por partes:
Conheço o banco Erê desde os meus tempos de XT. Quem já teve XT sabe que o banco original é terrível (talvez o da Tornado seja pior, mas aí são categorias diferentes). Comecei usando o Erê na XT em viagens mais longas, depois deixei instalado definitivamente.
O conceito do Erê é de sela, não de banco. Ou seja, você fica sentado, e não montado. E as diferenças são grandes, principalmente se você considera uma média de 600 km por dia em longas viagens.
O banco original da Té não se compara ao da XT, é infinitamente mais confortável. Para o dia a dia, é excelente. Mas para ir mais longe ainda recomendo o Erê. Vejam a diferença de área "bundável".
Aqui, a largura do banco original:
E aqui, a largura do Erê:
Observando bem, dá para ver que a diferença entre as áreas realmente ocupáveis chega perto de 12 cm. É muita coisa. A partir do segundo dia, a bunda agradece.
Mas quem está interessado precisa estar ciente de algumas coisas. Primeiro, o Erê é um banco artesanal. Ou seja, o processo de fabricação pode dar margems a desvios meio incômodos no padrão. As costuras do meu são meio tortas, por exemplo. E vejam o que aconteceu quando fui instalar:
O banco tem dois encaixes frontais, um que pega na base do tanque e outro que vai naquela "cabeça" em forma de parafuso que fica mais para cima. O encaixe que segura de verdade é o da base. Mas quando fui instalar não me toquei para o fato de que o banco ainda não estava com a curvatura ideal para encaixar nos dois pontos. Resultado: encaixei apenas no parafuso de cima e o banco "saltou" para fora da posição. Com isso, quebrou o encaixe frontal:
Como já estou acostumado com esse tipo de ajuste, parei, pensei e... colei com Durepoxi, é claro. Vejam o resultado:
O conserto ficou bom (melhor que o original) e, depois de alguns dias, o banco assumiu o formato da moto e ficou mais fácil de colocar e retirar. Mas nos primeiros dias dá mais trabalho, mesmo. Atenção, é preciso encaixar principalmente na base do tanque!
Pra finalizar, o Erê, pelo menos na versão que eu comprei, tem umas sobras laterais que acabam afastando um pouco as pernas quando eu apoio os pés no chão. Tenho 1,80 e sinto que o equilíbrio fica um pouco mais complicado. Observem como o banco é mais gordinho que a silhueta da moto:
Mesmo com todas essas imperfeições de projeto, não abro mão do Erê para meu tipo de uso (estrada). O que realmente conta, nesse caso, é o espaço para sentar. Mas acho que no dia a dia os ganhos também são grandes.
No dia 26 de dezembro estarei de partida para Ushuaia e conto muito com ele para enfrentar 28 dias em cima da Teneré. Aqueles centímetros a mais na largura fazem toda a diferença do mundo.
Para finalizar, as alturas dos dois bancos são as mesmas. O Erê pode até ser um pouco mais baixo, mas o fato de ser gordinho anula essa diferença.
E tudo que eu escrevi aqui se refere a viagem solo. Não tenho experiência sobre viagem com garupa.
Abraços a todos, espero ter ajudado.
José Ricardo
Teneré 660 - "Sarah Lee"
Brasília - DF
Teneré 660 - "Sarah Lee"
Brasília - DF
-
- Novato-
- Mensagens: 8
- Registrado em: 06 Mai 2014, 22:29
- Cidade onde mora: São Paulo/SP
Re: Banco Erê versus banco original: as principais diferença
Muito legal o Post esclareceu melhor minhas dúvidas sobre os bancos...
Sent from my GT-I9070 using Tapatalk 2
Sent from my GT-I9070 using Tapatalk 2
- udnan
- Usuário+
- Mensagens: 220
- Registrado em: 25 Nov 2013, 12:37
- Cidade onde mora: São Paulo/SP
- Localização: São Paulo SP
- Contato:
Re: Banco Erê versus banco original: as principais diferença
Valeu Ricardo, obrigado pela informação
http://www.updigital.net" onclick="window.open(this.href);return false;
XT 660Z Ténéré
Cambuci - São Paulo -SP
XT 660Z Ténéré
Cambuci - São Paulo -SP
- EduardoXTZ750
- Novato-
- Mensagens: 6
- Registrado em: 13 Mai 2014, 13:07
- Cidade onde mora: Rio de Janeiro
Re: Banco Erê versus banco original: as principais diferença
Muito esclarecedor. Faz muita diferença o banco ser em gel? O Erê faz usando Gel?
Abs.
Abs.
- Micheloff
- Participativo-
- Mensagens: 308
- Registrado em: 16 Mai 2013, 14:00
- Cidade onde mora: Hortolandia/SP
Re: Banco Erê versus banco original: as principais diferença
Muito esclarecedor ! Vai solo pro Ushuaia ? Abraços
Enviado do meu iPhone usando o Tapatalk
Enviado do meu iPhone usando o Tapatalk
"Como os cães, motos são catalisadores sociais que atraem uma categoria superior de pessoas." Chip Brown
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
Re: Banco Erê versus banco original: as principais diferença
Eu soube que o Erê faz usando gel. Existem também umas almofadas em gel que podem ser feitas sob medida (acho que o nome é rubbergel).EduardoXTZ750 escreveu:Muito esclarecedor. Faz muita diferença o banco ser em gel? O Erê faz usando Gel?
Abs.
Mas eu vou esperar mais um pouco pra ver se é necessário. Preciso sentir o equipamento na estrada. Semana que vem vou ao Encontro do VMAS de Boa Esperança, dá pra sentir bem (mais ou menos mil km de Brasília).
Uma coisa eu já percebi: se você coloca uma almofada removível, passa a contar com uma "regulagem" de maciez. Pode começar rodando com a almofada, depois retirar por um tempo, recolocar... isso descansa as "partes doloridas". Fiz essa experiência na época da xt, mas com almofada convencional. Ajudou.
Um abraço!
José Ricardo
Teneré 660 - "Sarah Lee"
Brasília - DF
Teneré 660 - "Sarah Lee"
Brasília - DF
Re: Banco Erê versus banco original: as principais diferença
Sim, vamos em 4 motos, mas todo mundo solo. Ushuaia é "brinquedo de menino", não dá pra sacrificar as namoradas. Pretendemos descer pela 40, com 800 km de rípio, e voltar pela 3, que é só asfalto. Fica muito puxado pra elas, pras motos e para quem toca também.Micheloff escreveu:Muito esclarecedor ! Vai solo pro Ushuaia ? Abraços
Enviado do meu iPhone usando o Tapatalk
Se tudo der certo, vamos em Duas Tés 66 e duas XTs. Só trator, hehehe...
Um abraço!
José Ricardo
Teneré 660 - "Sarah Lee"
Brasília - DF
Teneré 660 - "Sarah Lee"
Brasília - DF
Re: Banco Erê versus banco original: as principais diferença
O banco do Pedrinho é um pouco mais bem acabado do que o ERE... Mas no final das contas é quase a mesma coisa... Eu uso o do Pedrinho.
Faz uma diferença absurda esse banco em relação ao original.. Esses 12 centímetros a mais para acomodar a buzanfa fazem toda a diferença, além da densidade da espuma ser calculada conforme o peso do piloto tbém... Em pouco kms não aparecem... Mas depois de rodar + de 800km por dia, vai ver que fez um ótimo investimento...
Faz uma diferença absurda esse banco em relação ao original.. Esses 12 centímetros a mais para acomodar a buzanfa fazem toda a diferença, além da densidade da espuma ser calculada conforme o peso do piloto tbém... Em pouco kms não aparecem... Mas depois de rodar + de 800km por dia, vai ver que fez um ótimo investimento...
"SER MOTOCICLISTA É UM ESTADO DE ESPÍRITO, É UMA PAIXÃO, É UM JEITO DE SER"
Re: Banco Erê versus banco original: as principais diferença
fjruthes escreveu:O banco do Pedrinho é um pouco mais bem acabado do que o ERE... Mas no final das contas é quase a mesma coisa... Eu uso o do Pedrinho.
Faz uma diferença absurda esse banco em relação ao original.. Esses 12 centímetros a mais para acomodar a buzanfa fazem toda a diferença, além da densidade da espuma ser calculada conforme o peso do piloto tbém... Em pouco kms não aparecem... Mas depois de rodar + de 800km por dia, vai ver que fez um ótimo investimento...
Conforme falei antes, eu estava esperando uma viagem mais longa para avaliar a performance do Erê. Neste feriado de Corpus Christi fizemos uma viagem de aproximadamente 2 mil km para o evento VMAS em Boa Esperança. E realmente a diferença foi enorme.
Recomendo o Erê (ou o Pedrinho, que parece ser muito parecido) para longas distâncias. Sem dúvida!
José Ricardo
Teneré 660 - "Sarah Lee"
Brasília - DF
Teneré 660 - "Sarah Lee"
Brasília - DF
- Monteverdi
- Usuário-
- Mensagens: 96
- Registrado em: 28 Out 2013, 00:02
- Cidade onde mora: Belo Horizonte/MG
- Localização: Belo Horizonte - MG
Re: Banco Erê versus banco original: as principais diferença
Eu tô usando o Erê na XTR somente para viagens maiores. No dia-a-dia uso o original. Como sou baixinho e bunda seca.. kk, o banco original me dá mais segurança para andar no trânsito e um pouco mais de "pé no chão".
Mas na estrada, sentar com a bunda inteira, nem master card paga!
Inté!
Mas na estrada, sentar com a bunda inteira, nem master card paga!
Inté!
Monteverdi
XT660R - 08/08
"Xtezuda"
XT660R - 08/08
"Xtezuda"