Álcool na Ténéré

Aqui deverão ser postados os assuntos relacionados à mecânica, especificamente do modelo Ténéré 250.
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diegonunes
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Re: Álcool na Ténéré

Mensagem por diegonunes » 15 Set 2014, 16:31

Só uma dica, a bomba de combustível dos modelos 250cc da Yamaha, Flex, é diferente, eu não colocaria mais álcool do que já tem. Funcionar vai funcionar, a taxa de compressão dessa moto vai aceitar sem maiores problemas essa brincadeira.

Eu não quero de jeito nenhum uma moto flex. Além da bomba ser muito mais cara e não possuir refil pra substituir (ainda), ela tem outros sistemas acoplados para garantir a adequação do sistema de injeção e ignição a singularidade de cada combustível.

Carro eu sou obrigado a ter flex, infelizmente. Carro flex é igual um pato; anda, nada e voa, mas não faz nada disso com perfeição, rs.
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Re: Álcool na Ténéré

Mensagem por Luiz Koudela » 15 Set 2014, 20:36

Eu hj não faço questão alguma de ter um carro/moto "fréx", mas pelo lado de uma recessão de combustível, como tivemos em a +/- 30anos, seria bom ter, apenas por uma segurança...
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Re: Álcool na Ténéré

Mensagem por kablack » 15 Set 2014, 23:33

glaucomoreira escreveu:(...)
e c tiver algum amigo q tenha acesso para conseguir gasolina de avião.........
Gasolina de avião, para aviões e helicópteros com motor à pistão, chamada comumente de Avgas tem umas trocentas denominações e tipos (LL100, LL120, 93UL, G100UL, etc) não contém álcool mas contém tetraetila de chumbo, que se deposita nas velas e nos dutos do catalisador, inutilizando este rapidamente.

Por isso não aconselho a colocar nas Ténérés. Nem misturada.

Nas motos e carros de coleção nós colocávamos esta gasolina porque ela tem validade muito maior que a gasolina vendida nos postos e não oxida as linhas de combustível, bomba e carburador(es).

Para motores com I.E. e catalisados, nem pensar. Danifica o catalizador em poucos quilômetros rodados.

Abraços

P.S.: Um contra senso muito interessante é que os motores de avião geralmente usam gasolina com alta octagem (a LL100, por exemplo, tem 100 octanas) e taxa de compressão (com raras exceções) na casa dos 8:1, ou seja, pura redundância.

Motores aeronáuticos (Dependable Engines) são extremamente redundantes. Duas velas por cilindro, duas bobinas por cilindro, dois distribuidores (com platinados!), dois magnetos, tx. de compressão de 8:1 e gasolina para 10:1...

A I.E. por exemplo. É vista com muita reserva nos motores de aviação que em sua grande maioria ainda são carburados. Um motor de aviação típico parece muito com um motor de fusca.

O mesmo ocorre com DOHC, correia dentada, 4 válvulas por cilindro, VVT-i, SFI, bomba de combustível elétrica, etc... (Já o turbo compressor é bem comum em virtude da altitude...)

:arrow: Vejam: O motor tradicional da Lycoming, o O-360, que equipa os R-22, Cessna 172 e os Piper Cherokee, por exemplo, é um projeto de 1955, carburado que deslocando 5,9 litros em quatro cilindros desenvolve no máximo 225 hp. Tx de compressão de 8,5:1. A potência máxima também ocorre a baixa rotação: 2700 rpm.

:arrow: Já um automóvel, o Dodge Challenger 2007, aspirado, que desloca 6.1 litros gera 425 hp. (Mas tem I.E., C.D.I, 4 válvulas por cilindro, tx de compressão de 11:1, 8 cilindros, refrigerado à água, etc) e usa gasohol nos E.U.A. A potência máxima ocorre a 6.200 rpm. Rotação impraticável para motor aeronáutico.

Tudo isso em nome da segurança.
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Re: Álcool na Ténéré

Mensagem por diegonunes » 16 Set 2014, 06:42

É o caso da TNR 250cc, manco todo, porém seguro, kkkkkkkkkkk.
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Re: Álcool na Ténéré

Mensagem por Kakko » 16 Set 2014, 13:47

:joinha:
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Re: Álcool na Ténéré

Mensagem por kablack » 17 Set 2014, 15:48

Não acho tão manco não.

O motor é:

- OHC;
- CrossFlow;
- Pistão forjado;
- Cilindro revestido de cerâmica;
- I.E. com sonda lambda;
- CDI;
- Radiador de óleo;
- Todo roletado;
- Carcaça de metal leve.

O que falta nele?

- Tx de compressão de 11:1 com sensor de detonação?
- DOHC, com 4 válvulas por cilindro?
- Refrigeração líquida?
- Bielas de titânio?
- Válvula de escapamento com sódio?


Sei lá... Acho que a potência específica deste motor da Yamaha de 249 cc que tem 21 cv ou 84,33 cv/litro, bem coerente com os motores modernos.

Vejamos:

- Honda XRE (DOHC e 4 valvulas por cilindro) com seus 291,6cc tem 26,1 cv ou uma potência específica de 89,50 cv/litro;
- A Té660 (DOHC com 4 Válvulas por cilindro e refrigeração líquida) tem 660 cc ou uma potência específica de 72,72 cv/litro.
- O aclamado motor HEMI quem mencionei no post acima com 6.100 cc e 425cv tem uma potência específica de 69,67 cv/litro.



Abraços
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Re: Álcool na Ténéré

Mensagem por Kakko » 17 Set 2014, 17:26

:thumbdown: :mrgreen: :thumbup: ajustado para rodar sem quebrar !!

ahhh..e muito econômico :thumbup:
Editado pela última vez por Kakko em 18 Set 2014, 23:38, em um total de 1 vez.
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Re: Álcool na Ténéré

Mensagem por Natão » 18 Set 2014, 07:23

Eu andei apenas uma vez em uma moto com esse motor da Yamaha... Eu gostei muito da linearidade dele. É diferente do DOHC babão e gastão da Honda...

Esse motor atende sim muito bem as especificações de uso da maioria das pessoas (pelo menos as minhas atenderam bem), principalmente a nível de confiabilidade...

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Re: Álcool na Ténéré

Mensagem por diegonunes » 18 Set 2014, 19:40

Gente, manco foi brincadeira, o motor é realmente muito honesto, mas poderia melhorar sim.

Essa moto não tem CDI e o motor não é todo roletado, o acionamento das válvulas ainda é arcaico.

A potência específica não cresce linearmente em relação a cilindrada, existem regras que limitam esse acontecimento.

A taxa de compressão dele já não é muito baixa, 9,8:1, acho que não precisa mexer.

Talvez um comando duplo o tornaria mais elástico, tornando-o menos limitado nas alta rotações.

É possível ainda projetar balancins roletados, isso faz uma boa diferença, principalmente no quesito durabilidade.

O motor da XRE é 25% mais potente que o motor da TNR. O motor 250cc da Tornado é 10% mais potente que o da TNR.

Mas é claro que eu não troco esse mísero plus de potência em detrimento da robustez do motor, rs.
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Re: Álcool na Ténéré

Mensagem por CLEVER » 21 Set 2014, 16:20

A partir dessa medida provisória (abaixo), a viabilidade já está em testes pelo Inmetro com grandes chances de ser aprovada, para não afundar de vez a indústria sucroalcooeira e "tentar" compensar as perdas de importação de combustível pela Petrobrás:
-O Senado aprovou nesta terça-feira (02/09) medida provisória que determina o aumento dos percentuais de biodiesel misturado ao óleo diesel e do etanol à gasolina vendidos nos postos de combustíveis do país. O texto segue para sanção da presidente Dilma Rousseff.
A proposta eleva para 27,5% o percentual de álcool anidro que será adicionado à gasolina, desde que exista viabilidade técnica para isso.
Ou seja em breve todos nós estaremos testando. Dizem os especialistas que será danoso para os carros antigos, os importados e para as motos que não sejam bi-combustível. Segundo eles, só para os carros flex não haverá perdas.

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