O óleo que usa na corrente é para engrenagens, e não o de carter. Tem que ficar esperto com a diferença entre a viscosidade do óleo para carter (crankcase) e óleo de engrenagens (gear). As escalas são diferentes:Mais nessa época de chuva, é lubrificar hoje e amanha a corrente já esta seca, é um saco, e a roda fica mega suja não tem jeito. Eu uso um oléo para motor de caminhão, mais grosso, só não lembro a especificação dele, mais mesmo o óleo sujando ainda é melhor que graxa.
Não é a toa que quem usa óleo de carter na corrente mela tudo. Um óleo grosso para motor de caminhão será mais fino que os de engrenagens, além de eventualmente conterem aditivos agressivos à borracha dos o'rings.
Sobre o MOTUL off-road, a minha experiência é que dura bem, aí pelos 600 km se não encontrar água no caminho, e uns 150km em chuva. Depois dessas quilometragens os roletes começam a apresentar aspecto metálico. Se isso acontece, já passou da hora de lubrificar. Mas o Mutul encheu o saco porque a aplicação do motul eu fazia com cuidado, procurando lubrificar a corrente em todo seu comprimento. Tinha que mover a moto para aplicar, e a aplicação tem que ser com boa pontaria, se não suja tudo. E é caro; uma lata para as duas motos (minha e da esposa) dava só umas 5 vezes em cada.
Eu sei que comparado com "limpar a corrente", o trabalho de aplicação do motul é pequeno. Mas "limpar a corrente" é algo que minha transmissão NUNCA viu, exceto quando toma chuva. Ela estã com 28000km e ainda não estiquei uma marquinha (foram 3/4 de marquinha desde 0km). E aplicar óleo com escova de dente ficou extra fácil depois que eu fiz uma experiência involuntária (estava atrasado):
- Saindo de casa com os roletes ficando metálicos, apliquei óleo apenas nas partes expostas da corrente, com a escova.
- Chegando na firma (2km de distância só) não dava identificar qual trecho passei o lubrificante. O óleo passa dos roletes para coroa/pinhão, que por sua vez passa de volta para outros elos. Depois de rodar um pouco, o óleo se distribui.
A partir daí uso o princípio de menos trabalho. Na maior parte das vezes, aplico apenas nas partes expostas. Se tenho tempo, aplico em tudo - mas mesmo assim não preciso mirar, que nem no motul. É só passar, é mais fácil. E lavar a corrente, só a chuva.
Com 28000km e longe de trocar a relação (talvez eu troque só o pinhão VAZ 14D, que enquanto longe de acabar, apresenta desgaste visível), alguma coisa eu devo estar fazendo certo.