Fui de Pirassununga para Brasília (820Km) com a minha mudança no lombo da Té. Saí as 07:30 e cheguei 17:40 com duas paradas. O que pude observar:
Velocidade: Na reta era possível manter com relativa tranquilidade 110km/h, chegando por vezes a 120km/h nas descidas. A encrenca foram as subidas. Como estava muito pesada e com um arrasto muito elevado pelo alforge e pela mochila posta na transversal a velocidade caia para 80km/h e pedia uma quarta marcha pois ela não mantinha a rotação com a quinta. Com vento de proa ela penava bastante também. Não compensava esticar mais que isso, pois enrolando o cabo ficava incomodo o esforço do motor e chegava a no máximo 125km/h na reta, não compensando ao meu ver. O único problema aconteceu por vezes ao ultrapassar caminhões na subida emparelhando com os mesmos no topo e não sendo capaz de completar a ultrapassagem na descida quando o caminhão embalava. Por vezes precisei abortar a ultrapassagem e esperar a próxima subida ou um tempo na reta. Mas no geral as ultrapassens foram dentro da idéia. A moto estava com 1100km rodados e acabado de sair da fase de amaciamento, estando ainda um pouco "presa" o que pode ter influênciado também o desempenho.
RPM: Achei o melhor rendimento dela entre 7.000RPM e 7.500RPM, ficando um bom compromisso entre velocidadeXesforço do motor/consumo
Consumo: Muito elevado devido ao peso, e creio, principalmente pelo arrasto, girou em torno de 23,5 Km/l, o que derrubou bastante sua autonomia.
Conforto: Até o meio da viagem foi dentro da idéia, porém daí em diante ficou um tanto desconfortável, principalmente por dor nas costas. Apesar da posição de pilotagem ser relaxada, o banco é mesmo muito fino e após algumas horas a espuma cede e o banco fica bastante duro. Além disso a ergonomia dele não é tão boa quando o formato sugere. Sugestão, comprar um banco Erê e instalar as pedaleiras avançadas, daí creio que de para rodar o mundo sem suar. Principalmente com uma mochila atrás para apoiar as costas. Cheguei meio quebrado, mas como Brasília era o destino final não teve tanto problema, porém numa viagem maior seria complicado rodar mais 800km no outro dia.
Carga: Levei a mudança na moto e não tive problemas em levar uma quantidade bem elevada de peso. Comprei o kit completo do manivela com babageiro, reforço e afastador de alforge. Baú Give e Alforges Gift. A moto ficou bem controlável, ficando apenas com a frente um tanto leve, e temperamental em curvas de baixa pelo CG elevado, mas que acostumei nos primeiros quilometros. Fica a ressalva para os freios que penam com a inércia maior e requerem uma antecipação maior nas frenagens, portante precisei ficar bastante atento para evitar freiadas de emergência.
Conclusão: A Tézinha vai te levar para onde quiser ir, porém no ritmo dela e sem a possibilidade de dar aquela esticada para quebrar a monotonia em grandes retas. Mas por sua cilindrada e posicionamento no mercado (preço) o resultado final é muito positivo e certamente ela pode sim ser uma boa companheira de longos percursos.
Forte abraço
Seguem as fotos do caminhão de mudança
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Saída de Pira
![Imagem](https://fbcdn-sphotos-a.akamaihd.net/hphotos-ak-prn1/554898_3639878558882_15759583_n.jpg)
Ponte antiga ne divisa SP-MG
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